Posts Especiais - PEQUENIÑOS na Mídia

Segue abaixo algumas reportagens ( de sites, revistas e jornais), no qual eu tive participação.


11 frases dos pais que acabam com a autoestima das crianças.

Ajudar os filhos a amadurecer de forma saudável é uma das tarefas mais importantes dos adultos. Veja o que se deve evitar falar para que as crianças cresçam plenas e felizes


Raquel Paulino - especial para o iG São Paulo
Nos acertos e nos erros, a criança olha ao seu redor e vê as pessoas com quem sempre poderá contar: seus pais. Possibilitar a sensação de amparo e incentivar a seguir em frente é a melhor maneira de os adultos auxiliarem seus filhos a terem uma autoestima sólida e, consequentemente, uma postura confiante ao longo de todas as fases do amadurecimento
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Os benefícios da boa autoestima infantil são muitos. A psicóloga Katia de Paiva Accurso,especializada em psicoterapia e psicodinâmica infantil pela Universidade Mackenzie, lista alguns: “As crianças desenvolvem-se plenamente, com alegria de viver, explorando o que encontrarem pelo caminho. Lidam melhor com as frustrações, que são inevitáveis em nossas vidas. Aprendem mais na escola, pois não temem demonstrar dificuldades e dúvidas. Se permitem ser criativas, já que não se prendem a modelos. Serão mais independentes, uma vez que sabem que são amadas pelos pais onde quer que estejam”
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A psicóloga clínica especializada em crianças pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Ana Paula Miessi concorda. “A autoestima consolidada na infância forma adolescentes mais tranquilos, que conseguem enxergar os dilemas típicos da idade com mais clareza e lidar melhor com eles”, diz.


O problema é quando a educação dada pelos pais, por autoritarismo ou por falta de conhecimento sobre o assunto, não ajuda as crianças a construírem uma base de confiança para a vida. Quando a criação é baseada em frases que diminuem os filhos ou os fazem se sentir inseguros na maior parte do tempo (confira na galeria de fotos acima), as chances de a adolescência e a vida adulta serem mais complicadas são bem maiores. 

“Sem uma boa autoestima, podem surgir problemas nos relacionamentos, tanto de amizade quanto amorosos, compulsão por dinheiro, distúrbios alimentares, problemas com álcool e com drogas”, afirma Ana Paula. Katia complementa que “essa pessoa tende a ser mais introspectiva, insegura ou agir de maneira prepotente e arrogante, justamente para ocultar sua imensa insegurança. Autoestima rebaixada traz consigo angústia, tensão constante e dependência”.

Depois de muito ler em livros e na internet sobre o assunto e de trocar ideias com outras mães em grupos de discussão em redes sociais, a artesã Camilla Werner incorporou ao dia a dia de sua família várias atitudes para promover a autoestima dos filhos Theo, de nove anos, Eloah, de cinco, e Isabella, de três. “Evito adjetivos negativos, porque a criança acaba incorporando aquilo à sua personalidade”, exemplifica.
Ela segue direitinho as orientações psicológicas contemporâneas. “Prefiro focar nas atitudes, conversar. Claro que às vezes, na hora do nervoso, a gente não pensa e corre o risco de falar algo de que se arrependerá. Quando isso acontece, não tenho problema em chamá-los depois e explicar que me expressei mal porque estava nervosa. Que não tinha a intenção de criticá-los pessoalmente. Tento acertar o máximo possível, porque quero que eles sejam adultos completos e felizes.”

Algumas frases que interferem negativamente na autoestima infantil:

1- Por que você não é igual ao seu irmão?
2-Você é terrível mesmo, não tem jeito!
3- Eu vou embora se você não parar com a birra!
4- Que feio você é por ter feito isso.
5- Se você fizer isso errado, vou contar para o seu pai ou sua mãe.
6- Você é muito mentiroso.
7- Você só sabe mentir mesmo.
8- Que notas ruins, como você é burro!
9- Nota baixa de novo, você é burro mesmo!
10- Você será sempre o bebê da mamãe.
11- Deixe que eu faço, você está fazendo tudo errado.


Se quiser, confira a reportagem no portal IG:


Uol - saiba como fazer a hora do banho deixar de ser uma guerra!

No dia 8-01-13 foi publicado na página da Uol uma matéria sobre as dificuldades da hora do banho na infância, no qual eu e outros profissionais demos nossas contribuições. Confira!

Saiba como fazer a hora do banho deixar de ser uma guerra


Ivonete Lucirio
Do UOL, em São Paulo
  • Thinkstock
    Não obrigue seu filho, tente convencê-lo sobre a importância para sua saúde e bem-estar

Não obrigue seu filho, tente convencê-lo sobre a importância para sua saúde e bem-estar
Xampu, sabonete, água caindo... Esse momento que tem tudo para ser relaxante pode se transformar em uma experiência estressante para muitos pais e filhos. Algumas crianças não gostam de tomar banho e não é só para fazer birra. Elas simplesmente não conseguem entender a importância que o cuidado tem.
"Por estarem em fase de desenvolvimento e internalização das regras sociais, elas não compreendem que a falta de asseio, além de provocar doenças, pode afastá-las dos amigos", afirma a psicóloga Marília Facco, especialista em psicologia da educaçãopela PUC de São Paulo.
Como se não bastasse seu filho não entender a importância de se enfiar embaixo da água, muitas vezes, ele acaba tendo de interromper algo maisdivertido, como ver televisão e brincar. Além disso, o banho é uma regra imposta tanto pela sociedade quanto pelos pais. "E as crianças tendem a brigar contra isso para garantir sua autonomia", diz Marília.
Essa resistência costuma surgir por volta dos três ou quatro anos. "Nesse período, elas querem saber a razão de tudo, tornam-se mais questionadoras", fala a psicóloga. Por estarem construindo sua identidade, agem como se pudessem decidir sobre suas vidas, quando dormir, o que e quando comer... Banho é somente mais uma das decisões.
Mesmo sendo um comportamento comum, os pais devem ficar atentos a algum sinal de anormalidade. "Algumas vezes pode haver um medo envolvido", declara a psicóloga Ana Paula Miessi Sanches, especializada em infância e educação pela PUC de São Paulo.
Segundo Ana Paula, há crianças que têm medo de chuveiro ou de lavar a cabeça, o que gera grande sofrimento toda vez que vão tomar banho. Se houver um medo excessivo, é preciso procurar a ajuda de um profissional para identificar a causa.
Com o devido acompanhamento, aos poucos, as crianças vão aprendendo que o banho é uma necessidade e um grande prazer. Veja a seguir algumas orientações, divididas por faixa etária, paralidar com a questão.

De três a quatro anos

Nessa idade, é importante fazer a criança compreender os malefícios da falta de higiene, mas de uma forma lúdica. Uma ideia que costuma funcionar é comprar brinquedos específicos para a hora do banho, como livros emborrachados, e esponjas e toalhas com personagens que ela goste.

Dicas para qualquer idade

Algumas atitudes ajudam a quebrar a resistência das crianças na hora do banho.
- Não barganhe. Não diga coisas como "Se você tomar banho poderá ver mais uma hora de televisão";
- Tome cuidado com a temperatura da água para não causar desconforto por estar muito quente ou muito fria;
- Crie uma rotina para a hora do banho, que pode ser antes do jantar, antes de dormir;
- Não pegue a criança de surpresa, dizendo que ela tem de tomar banho naquele instante. "Alguns minutos antes, avise que ela terá de se banhar. Assim, ela pode ir se preparando", diz a pediatra Mariana Nudelman;
- Por mais gostoso que seja o banho, não deixe que ultrapasse 15 minutos. "Do contrário a pele fica ressecada", declara a pediatra Alessandra Cavalcante, do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo;
- "Nunca obrigue a criança a tomar banho. Sempre tente convencê-la", afirma Alessandra. Do contrário, o banho acaba virando um castigo em vez de um momento de prazer.

"O banho deve ser um momento divertido e relaxante, com brincadeiras de faz de conta e de adivinhar. Vale cantar as músicas da escola ou fazer penteados diferentes, aproveitando que o cabelo está molhado", diz Marília Facco.
É interessante começar a ensinar a criança a se lavar sozinha. "É importante afastar a tensão para que ela internalize que a hora do banho é um momento divertido", fala a psicóloga.
Entrar no chuveiro com a criança pode ajudar a descontrair. "Mas é preciso estar preparado para responder a eventuais perguntas que ela faça sobre as diferenças no corpo com relação ao sexo", afirma Mariana Nudelman, pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

De cinco a sete anos


Nessa fase, as crianças não dependem tanto dos adultos para executar algumas tarefas e por isso começam a iniciar seu processo de independência em relação aos pais.
"É interessante que os adultos comecem a deixar a criança mais livre para cuidar de si, mas sempre com supervisão", diz Marília Facco.
O banho pode ser um momento de diálogo. Enquanto a criança se banha, aproveite para conversar sobre como foi seu dia na escola, mas vá lembrando-a sobre os passos principais com perguntas como: passou o sabonete? lavou as orelhas? Esses questionamentos auxiliam no processo de organização interna do seu filho.

De oito a dez anos


É interessante deixar que seu filho escolha os produtos que quer usar, assim ele vai se apropriando do momento. Leve-o para comprar o xampu e o sabonete dos quais mais gosta. Vale negociar o horário de ir para o chuveiro para deixar a criança mais livre, sem a sensação de que está perdendo tempo.
Ela pode também escolher a própria roupa. Quanto mais independente se sentir, menor será a resistência que vai impor ao banho. No caso de pais e filhos que têm o costume de tomar banho juntos, é o momento de começar a rever essa prática. "É interessante notar que as crianças começam a ter vergonha de mostrar o corpo e buscam certo isolamento", diz Marília.
Depois que ir para o chuveiro deixar de ser um problema, os pais podem dar uma relaxada na supervisão. "Nessa faixa etária, a criança tem condições de cuidar da própria higiene", declara Marília Facco.

 






    segunda-feira, 16 de abril de 2012

    Domingo (15-04-2012) foi publicado no Jornal da Tarde (Grupo Estadão) uma matéria sobre perda de animais e luto, no qual eu colaborei com alguns comentários.
    Segue a reportagem toda abaixo.


     


    Terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

    Entrevista dada por Ana Paula Miessi Sanches no Portal IG - Menina Boneca ou Menina Moleca!

    Menina moleca ou menina boneca

    Por que os pais não precisam se preocupar se as filhas querem brincar de espada, como Shiloh Jolie-Pitt, ou se preferem usar salto alto, como Suri Cruise

    Danielle Nordi, iG São Paulo
    • Ninguém precisa checar um exame de ultrassom da grávida para descobrir o sexo da criança: basta entrar no quarto preparado pelos pais para perceber se será menina ou menino. “A educação começa diferente já no útero da mãe”, analisa Ana Paula Miessi Sanches, psicóloga especializada em crianças pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

    Foto: Grosby Group/Brainpix Ampliar
    Suri usa tiara, meia calça e casaco de pele, enquanto Shiloh
    aparece decamiseta com costura de gravata: estilos opostos
     delineiam perfis que costumam preocupar os pais.

    Será que essa divisão é tão importante a ponto de ser motivo de preocupação para os pais? Isso não parece ser o que pensa o casal de astros Angelina Jolie e Brad Pitt. Pais de seis filhos, eles demonstram lidar naturalmente com a preferência da filha Shiloh, 5, por tudo que faça parte do universo masculino. Com características opostas, Suri Cruise, 5, filha dos atores Tom Cruise e Katie Holmes, parece fascinada pelas atividades tipicamente femininas.
    “Uma menina feminina é quase uma princesa. Já a menina mais moleca nem sempre é bem vista”, afirma Ana Paula. Mas a menina boneca também pode ser vítima de estereótipos e perder ótimas oportunidades de brincar como criança. Medo de se sujar ou de estragar um sapato novo se tornam impeditivos para vivenciar uma brincadeira com os amigos, por exemplo. “Não consigo ver quem pode sofrer mais ou menos. O importante é conseguir balancear a vida das crianças para que elas possam ter uma infância mais completa e feliz”, diz Yvanna Sarmet, psicóloga infantil.
    Veja o que os especialistas consultados pelo Delas dizem sobre a questão da escolha de gênero na infância e se essa opção poderá ser um problema na vida da criança:

    Boneca x espada
    Motivo de insegurança de muitos pais, os brinquedos dão o que falar quando o assunto é gênero. No caso das meninas, o estranhamento vem quando a preferência é por uma bola ou um carrinho. Enquanto Suri adora levar bonecas a tiracolo e parece cuidar delas como uma mãe, Shiloh é quase sempre vista com brinquedos tipicamente masculinos, como uma espada.

    Foto: Grosby Group/Brainpix
    Suri dá colo a uma boneca e Shiloh se diverte
     com uma espada: para as crianças, brinquedos não têm gênero

    “A nossa cultura adota padrões de características mais femininas ou masculinas e isso acaba direcionando as escolhas das crianças porque, em algum momento, a menina pegou algo azul e foi alertada que aquilo era de menino. Ela sente o preconceito e vai adequando seu comportamento”, afirma Yvanna.
    Mesmo essa adequação de comportamento não vai tirar a curiosidade natural de uma criança por tudo que é novo. Longe de ser motivo de preocupação, os pais precisam entender que a experimentação por brinquedos do sexo oposto faz parte do desenvolvimento da infância. A criança não percebe diferença entre brincar de boneca ou de carrinho. “Não é a escolha de um brinquedo que vai determinar a sexualidade de ninguém. Isso é um mito”, diz Yvanna.

    Vestido x gravata
    Enquanto Suri desfila vestidos, casacos e sapatos como uma princesa, Shiloh opta por trajes masculinos, como gravatas e sapatos pesados. As escolhas de Suri são mais confortáveis aos olhos da sociedade, mas também podem ser rotuladas. “Shiloh pode enfrentar algum preconceito social porque a maneira que se veste é menos usual, mas Suri também é um extremo. Poderia ser estereotipada como uma ‘patricinha’”, analisa Yvanna Sarmet.

    Foto: Grosby Group/Brainpix
    Suri de bolsa e sapato alto e Shiloh de colete e gravata: rótulos de "patricinha"
    ou "moleca"

    Assim como a gravata de Shiloh, o excesso de vaidade de Suri salta aos olhos. Batons, esmaltes e sapatos com salto alto são comuns na rotina da menina. Maquiagem e esmaltes podem ser resolvidos com o uso de produtos específicos para crianças, mas o uso do salto costuma deixar muitas mães de cabelo em pé. No entanto, se for ocasional, não há riscos.
    “Idealmente uma criança não pode usar salto alto, mas se for apenas durante uma festinha ou em outro momento, esporadicamente, não deve causar nenhum problema. Não há um tamanho correto, mas se os pais percebem que a criança está andando torto ou esquisito significa que tem algo errado”, afirma Luiz Carlos de Andrade Junior, médico especialista em ortopedia pediátrica pela Universidade Federal do Estado de São Paulo (UNIFESP).
    Proteção x liberdade
    A filha de Tom Cruise é vista sendo protegida pelos pais em diversas ocasiões, enquanto Angelina Jolie ensina seus filhos a andarem de mãos dadas, já que não tem colo suficiente para todas as crianças – ela tem seis filhos. “Existe diferença entre crianças que são o centro das atenções de uma família e outras que precisam dividir a atenção dos pais com os irmãos”, explica Yvanna.

    Foto: Grosby Group/Brainpix
    Suri é levada no colo, enquanto Shiloh anda sozinha,
    carregando os próprios brinquedos:
    proteção dos pais influencia no comportamento das crianças

    Segundo Yvanna, o estilo de parentalidade influencia na maneira como as crianças vão se comportar. Permitir que os filhos tomem algumas decisões sozinhos e caminhem com as próprias pernas pode ajudar na construção de uma personalidade mais independente.
    Delas - Portal IG: Fevereiro de 2012